Ricardo Corrêa, fundador da TC Urbes, cria soluções que integram pessoas e cidades (Foto: Marcelo Min)
Nas últimas décadas, a economia brasileira passou por um turbilhão. A população envelheceu, as mulheres conquistaram avanços significativos no mercado de trabalho e uma nova classe média ascendeu socialmente. Para completar, o acesso à tecnologia foi democratizado e a sociedade foi às ruas para pedir por um país melhor. Traduzir essas transformações em inteligência de mercado tornou-se um desafio e tanto para os empreendedores.
“Tendências de consumo são resultado de transformações demográficas, econômicas, culturais e tecnológicas. Essas quatro frentes atuam de forma interdependente e são as principais responsáveis pelas alterações de hábitos e de comportamentos que acontecem ao nosso redor”, diz Reinaldo Gregori, sócio da Cognatis, consultoria de geomarketing.
Serviços compartilhados na internet — a chamada economia colaborativa — despontaram como outro setor em ascensão e se consolidaram como uma indústria global que movimenta US$ 15 bilhões. As transformações econômicas podem ser constatadas inclusive nas manifestações políticas que tomaram conta do Brasil nos últimos três anos.
“Existe um forte sentimento de que as opiniões individuais são importantes e de que as pessoas devem participar de qualquer decisão que tenha impacto em suas vidas. Essa postura mais crítica começa pelo questionamento de autoridades e termina na influência sobre as decisões de
compra”, afirma Flavio Ferrari, diretor geral da Ipsos Connect, consultoria de pesquisa de mercado.
Em tempos de crise, quando os consumidores são mais criteriosos sobre suas escolhas, acompanhar indicadores sociais e econômicos se apresenta como uma questão de sobrevivência. “Tendências de consumo não são alteradas por períodos de retração econômica. Nessas fases, as pessoas compram menos, mas continuam fiéis às marcas que atendem às suas necessidades e a seus valores pessoais”, diz Renata Moura, analista sênior de Pesquisa de Consumo da Mintel, consultoria global de análise de consumo. “Essa característica é evidente no mercado de beleza. O brasileiro pode passar a escolher opções mais baratas, mas não deixa de comprar itens como batom, perfume e xampu.”
Nesse contexto, as melhores oportunidades estão reservadas para aqueles que conseguirem identificar quais são as transformações que estão moldando o retrato do Brasil atual, tema desta reportagem de Pequenas Empresas & Grandes Negócios. Nos links abaixo, você conhece histórias como a do urbanista gaúcho Ricardo Corrêa, fundador da TC Urbes, consultoria de planejamento que transformou a tendência de ocupação dos espaços público sem soluções que integram pessoas e cidades, como ciclovias e espaços de convivência pública. A antecipação a novos comportamentos também está presente na trajetória do engenheiro goiano Anderson Silva, fundador da TRC, que passou a oferecer soluções de redução de uso de água muito antes de se falar em crise hídrica.
Vindos de realidades muito diferentes, esses dois empreendedores têm em comum a sensibilidade para enxergar novas demandas a partir das realidades que os cercam—e criar propostas que vão diretamente ao encontro delas. “Acompanhar os anseios e movimentos da sociedade é fundamental para manter-se no centro de suas prioridades. As marcas que conseguem estabelecer diálogos e conexões com as pessoas são as que continuam sendo consumidas ao longo dos anos”,afirma Ferrari, da Ipsos Connect.
Conheça, agora, as oito tendências de negócios que mudam o mundo:
1. A redescoberta das ruas
2. O envelhecimento da população
3. O empoderamento político
4. Conexão 24/7
5. O uso inteligente dos recursos
6. A economia do compartilhamento
7. O mercado infantil
8. A releitura do gênero
Empresas que já faturam alto com as tendências do futuro:
1. TC Urbes
2. B-Active
3. Colab.re
4. In Loco Media
5. TRC Sustentável
6. We Do Logos
7. Atelier Petit Retro
8. Garagem Barba Cabelo & Bem Estar
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