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Conheça 4 países com os melhores sistemas educacionais

 

Os sistemas educacionais ao redor do mundo têm sido testados e redefinidos para produzir bons resultados acadêmicos e formar cidadãos mais preparados. Onde quer que esteja localizada a sua escola, sem dúvida ela é influenciada pelo mindset e a cultura do seu país. Apesar de nenhum dos sistemas ser perfeito, existem algumas nações que tiveram ótimos ganhos e resultados acadêmicos com seus sistemas de ensino, além de habilidades pessoais que ajudaram os alunos a se destacarem na vida e no mercado de trabalho.

A seguir, conheça 4 países com sistemas educacionais exemplares e que servem de exemplo para redefinirmos nossas prioridades e melhorar o ensino brasileiro:

JAPÃO

Desenvolvendo o caráter antes do conhecimento

Qualquer um que já tenha visitado o Japão deve ter botado que o povo japonês é extremamente educado e com hábitos exemplares. O motivo desse comportamento impecável é que a cultura do país é voltada para a construção do caráter da criança antes mesmo do processo educacional, com provas e aulas expositivas.

Os primeiros anos da vida escolar de uma criança no Japão é dedicado ao desenvolvimento do respeito pelo próximo, compaixão e generosidade, bem como introduzir os conceitos de certo e errado, justiça, autocontrole e determinação. Essas habilidades estabelecem o equilíbrio necessário para ter sucesso dentro da sala de aula e por todo o resto da vida do estudante.

Os alunos limpam suas próprias salas de aula

Enquanto muitas escolas contratam profissionais para limpar cada canto da escola, no Japão as salas de aula, corredores, restaurantes e lanchonetes e até mesmo o banheiro são limpos pelos próprios alunos.

Divididos em grupos, os estudantes fazem da limpeza um hábito diário. O objetivo dessa prática não é somente ensiná-los a importância da limpeza, mas também como trabalhar em equipe e ter respeito por seu próprio trabalho e o trabalho das outras pessoas.

FINLÂNDIA

Menos é mais

A Finlândia também está no hall dos países aclamados por seu sistema de ensino exemplar. Parte desse sucesso se deve ao midset do “menos é mais”. Os professores na Finlândia gastam cerca de 600 horas anuais dentro da sala de aula, o que representa a metade das horas cumpridas pelos professores nos Estados Unidos. A vantagem de ficar menos tempo parados, falando em frente aos alunos dentro de uma sala de aula, é que os docentes ganham mais tempo para investir em suas próprias habilidades e desenvolvimento profissional, o que tem resultado em uma maior qualidade, e não quantidade, das horas ensinadas. Ou seja, ganho para os professore e ganho para os alunos.

Mais tempo fora da sala de aula

A Finlândia e outros países escandinavos, como a Noruega e a Suécia, dão grande importância ao contato com a natureza. Por esse motivo, as crianças na Finlândia passam um grande período de tempo explorando e brincando do lado de fora da sala, o que oferece aprendizados tão importantes quanto os que são dados em classe.

Mesmo durante o rigoroso inverno, é possível ver crianças brincando ou tendo lições nas florestas e montanhas do país. Além de evitar o sedentarismo e encorajar os pequenos a serem mais ativos, estar perto da natureza também oferece benefícios para a mente e para o bem-estar dos alunos.

SINGAPURA

Maiores investimentos em tecnologia

Singapura é um dos países com as melhores estatísticas em conclusão do período escolar na Ásia e também no mundo, graças a investimentos massivos em tecnologia na sala de aula para professores e alunos.

No país, acredita-se que a tecnologia tem um papel essencial para melhorar as escolas e também as oportunidades de acesso à informação. Os investimentos em práticas escolares mais tecnológicas incluem internet de alta velocidade para todos e livros em plataformas digitais, fazendo com que os materiais didáticos sejam mais acessíveis, especialmente para os estudantes com menor poder aquisitivo.

A importância da psicologia positiva

Nos últimos anos, o sistema de ensino de Singapura passou por uma reforma profunda. Uma das mudanças aplicadas foi o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais, baseadas em recentes descobertas da psicologia positiva, que contribuem para a criação de um novo mindset e maior resiliência. Essas mudanças são fundamentais dentro da sala de aula e foram aplicadas para moldar a forma como as matérias são ensinadas, além de estimular a positividade na vida das crianças.

ALEMANHA

Não há competição entre as escolas

Em grande parte dos países, existem provas e competições utilizadas para comparar o nível de diferentes escolas. Com isso, é colocada uma imensa pressão nas crianças para que tenham a melhor performance possível. Na Alemanha, esses índices não são publicados, o que significa que as escolas não estão constantemente preocupadas com sua reputação e ficam menos focadas nesse único objetivo.

As escolas alemãs garantem que não ter um monitoramento excessivo dos alunos e professores garante que o docente possa agir de forma mais criativa, se preocupando mais com o processo de educação em si do que em alcançar resultados pressionando os estudantes.

Menor segregação entre os diferentes níveis de aprendizado

Separar as crianças com diferentes níveis de aprendizado é uma prática bastante comum ao redor do mundo, colocando-as em salas de aulas distintas. Na Alemanha, no entanto, as escolas atuam de forma mais generalizada e compreensiva, permitindo que crianças de diferentes níveis possam aprender juntas, na mesma sala de aula. Isso diminui a segregação entre os estudantes e aumenta a flexibilidade em lidar com pessoas diferentes.

Existe o ensino perfeito?

Ainda não existe um sistema educacional que inclua todas as necessidades, opiniões e diferenças culturais, mas uma coisa que se destaca em todos eles é o investimento em estratégias emocionais e positivas, que ajudam a desenvolver as habilidades e mindsets necessários para o resto da vida da criança. Além disso, a valorização do investimento na qualidade dos professores também aparece como algo importante e comum aos grandes sistemas de ensino.

 

 

 

 

 

Fonte: Universia