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Os 10 maiores medos das startups

Dois empreendedores contam quais foram seus principais medos ao fundarem uma startup (Foto: Divulgação)

Semana passada nos tornamos uma startup quando a Ben&Andrew Ltda nasceu. Ela é uma nova agência, criada para solucionar problemas de empresas com perfil cultural, social e com fins lucrativos, por meio do compartilhamento daquilo de melhor que esses universos têm a oferecer.

Estamos animados e agradecidos de que todos parecem estar animados por nós. Vemos isso como uma chance de reinventar solução de problemas de negócios, de desafiar o status quo e de tomar controle do nosso próprio destino.

Depois do que pareceram décadas de planejamento, estamos finalmente dando a cara a tapa, tentando conquistar terreno e criar um negócio do qual a gente se orgulhe. Mas vamos ser honestos, isso é também muito assustador.

Por quê?

Tem um milhão de motivos para ficar assustado. São tantos, na verdade, que pode ser paralisador até pensar sobre eles. Então temos nos perguntado: o que fazemos em relação a isso?

Desde a Segunda Guerra Mundial, o Reino Unido tem uma máxima: “Keep Calm and Carry on” (“Mantenha a Calma e Continue”). Ela é ok, de um jeito bastante formalista, típico dos ingleses – mas não para nós. Então pensamos que, em vez de ignorarmos nossos medos e esperar que eles desapareçam, nós vamos amá-los do fundo de nossos corações.

Acreditamos que entender nossos medos dá claridade em relação ao que é, de outras formas, muito complexo e frequentemente confuso. Isso é exatamente porque grandes corporações investem em startups a partir de sua própria estrutura – primeiramente para abrir novos caminhos, livres do ciclo de processos corporativos, mas também para que o fator medo force elas a inovar, a fazer as coisas de forma diferente e a perceber qual é mesmo a delas.

1) O meu sócio é enrolado?

Sim, esse é o topo da lista. Quando chega a hora de arregaçar as mangas, aquele seu amigo superinteligente com o qual você está contando será o mesmo em longo prazo? Ele vai contribuir com o que prometeu? E o que você vai fazer se isso não acontecer? (dica: nós demos um ao outro três de nossos contatos de trabalho para ligar – de dois teríamos certeza que o feedback seria positivo; de um nós tínhamos certeza que diria que somos idiotas/escrotos/desonestos. Assim, teríamos uma ideia melhor um do outro, sobre nosso melhor e nosso pior lado).

2) Nosso produto é ideal?

Seria apenas a gente que ama o produto, ou acha que há necessidade para ele? Se a ideia é tão boa assim, porque ninguém mais está fazendo da forma com que estamos planejando fazer? Como podemos elaborar processos para nos adaptar caso o mercado reaja de forma inesperada?

3) Nosso senso de oportunidade está correto?

Estamos ainda despreparados para inserir nosso produto no mercado? Ou talvez seja tarde demais? A “vantagem do primeiro a agir” funciona ocasionalmente, mas algumas almas sortudas também ganham na loteria.

4) Temos as habilidades necessárias para fazer o que estamos fazendo?

O que nos faz tão inteligentes? O que nos torna qualificados para cumprir o que estamos planejando? Quais são os furos desse planejamento e como podemos preenchê-los?

5) E se implementarmos conselhos ruins, ou ignorar conselhos ótimos?

Um conselho que nos lembramos é um que começa com “opinião é que nem…” e termina com “todo mundo tem um” (tenho certeza que você ouviu esse também – caso contrário, procure no Google. Só não procure por imagens), mas como nós julgamos entre essas opiniões, quando grande parte do que estamos fazendo é novo?

6) A competição é bem melhor que a gente?

Eles já estão fazendo isso há um tempo. Eles têm habilidades, experiência, pessoal qualificado, redes de contatos. Como competimos com isso?

7) E se tivermos uma reação ruim dos consumidores?

Convenhamos quem nem todo mundo vai gostar daquilo que suamos para criar. Como lidar com essas rejeições? Elas devem doer, certo? Isso significa que estamos fazendo a coisa errada? Devemos parar? Mudar? Dizer a eles para se ferrarem e continuar independentemente disso?

8) Vamos ganhar o suficiente, ou levantar os investimentos que precisamos?

Fluxo de caixa e insuficiência de capital são problemas que nos preocupam muito. Como podemos nos certificar que temos dinheiro suficiente para o que precisamos (e não mais que isso – para que não gastemos como tolos, nem tenhamos investidores demais), para que os rendimentos retornem para a gente na medida certa de forma a conseguirmos dormir tranquilos?

9) Como lidar com as dores do crescimento?

Como preservar a energia que temos agora mesmo que a gente cresça – e não se torne uma corporação grande e pesada, como todas as outras?

10) Alguém entende sobre o que estamos falando?

Estamos falando uma língua alienígena? Achamos que o que estamos fazendo, nossa ideia e a linguagem fazem perfeito sentido. Mas como fazer com que os outros também achem isso?

Desafio irracional: Você está disposto(a) a dividir com a gente seus medos de startup mais profundos e sombrios? Nós podemos superar isso juntos!

 

 

 

Fonte:Revista Pequenas Empresas e Grandes Negócios